domingo, 30 de março de 2008

ESCUTEM! ESCUTEM!


“...you can kick and scream, shout and say things that are unkind
See if I care, see if I stand firm or if I fall
‘Cause in the back of my mind and in the tip of my tongue
Is the answer to it all…”

Graças!!! Nem tudo está perdido no mundo da música!! O 'roquenrou' ainda existe! Vida longa a Jack White e a todas as bandas que, por ventura, ele resolver montar, porque todas ela são e serão de FUDER!

Acessem: http://www.theraconteurs.com/

Tem download free!

Ps: 'Many Shades of Black' é I-N-A-C-R-E-D-I-T-Á-V-E-L!!!!
xeros!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Ser mãe é...

Quando recebi a notícia de que estava grávida, devo confessar que a minha reação foi a de apatia. Eu não sabia direito o que sentir, então não senti muita coisa, até começar a enjoar, enjoar, enjoar! Diziam que no terceiro mês o mal estar iria embora...eu vomitei até o quinto - escovar os dentes era uma operação de guerra.

Mas a gravidez é realmente uma coisa especial. Ver as mudanças (nem sempre boas) no seu corpo é no mínimo, interessante. É impressionante como, a cada consulta, você ganha quilos em progressão geométrica (no nono mês, eu tinha 18 deles a mais...) e a partir do oitavo mês você implora pro seu médico fazer uma cesárea porque o peso da barriga dificulta até uma simples mijada no meio da noite. Aliás, uma não...um milhão! Eu nem sabia que era capaz de produzir tanto xixi! Mas quem se importa? Afinal, já que você não vai conseguir dormir mesmo por causa das dormências nos pés e da azia insuportável, por que não usar esse tempo para dar umas voltas no banheiro às três da manhã? Bobagem...

Ok, mas vamos parar de apavorar as ‘aspirantes a mamães’ e vamos começar a falar da parte boa da gravidez. Não vou mentir que eu não fui muito fã de ficar grávida, no sentido físico da coisa. Não sinto saudade nenhuma, até porque eu senti todos os sintomas que uma grávida pode sentir...mas é muito bom ver sua barriga crescendo...até porque, modéstia parte, a minha ficou linda (enorme, mas linda). É incrível sentir que, ali dentro, você está ‘cultivando’ uma serzinho. Que a cada dia que passa ele vai ganhando uma nova forma. É muito bom também quando você fica com a mala arrumada um mês antes da data prevista do parto e todo dia você coloca uma coisa que esqueceu, troca uma roupinha por outra mais bonita ainda e fica sonhando com o rostinho que só conhece através dos seus sonhos, ou no máximo, de uma foto de ultrasom 3-D.

Mas o melhor de tudo, tudo mesmo, é a maternidade, é o que vem depois de tanta espera, náusea e câimbra: o tal do serzinho! Acredite, se ser mãe não é o maior dos seus sonhos, isso muda rapidinho no primeiro segundo de vida do seu filho, no primeiro choro (ah, como a gente espera esse choro!), no primeiro contato, quando ainda berrando, o colocam pertinho de você e aí ele fica quietinho ali, só sentindo seu cheiro...te reconhecendo...

E ser mãe é realmente uma viagem...a melhor de todas! É uma experiência única, é estressante, é angustiante, é difícil, muito difícil, mas também é recompensadora, generosa, doadora e doce. A minha jornada começou no dia 22 de fevereiro de 2006, quando a Malu chegou J Eu tinha certeza absoluta que seria ‘Pedro’ (não sei de onde tirei a idéia de que criar menino seria mais fácil...como eu poderia saber?), mas Maria Luísa se mostrou pra gente ainda no terceiro mês de gestação e eu, que jurei não ser ‘mamãe-clichê’, fui direto pra uma loja e comprei um vestidinho TODO rosa!

Nos três primeiros meses seguintes ao nascimento dela, eu achei que ia pirar. Não dormia, não comia, tomava banho em cinco segundos e demorava uma hora e meia pra colocar uma cinta que apertava até o meu cérebro. E isso com a ajuda de, no mínimo, três pessoas! Aí então começava a minha luta diária pra conseguir amamentar. E acreditem, essa é a parte ‘nada mágica’ da maternidade. É dolorido e frustrante. Bom, pra não causar a revolta das mamães vaquinhas leiteiras, pelo menos comigo foi assim e afinal, eu tô contando a minha experiência, né? Já ouvi casos de mulheres que conseguem encher uma garrafa de 2L de coca-cola com leite materno! Mas eu não tinha muito e acabei machucando o peito feio por causa da neurose de só dar leite materno à ela. Até que um dia eu cismei e comecei a dar o bom e velho NAN. Foi o começo de um período menos estressante.

Mas não se iludam. O estresse ainda existe e sempre vai existir. Criar um filho é uma luta diária, cercada de incertezas e inseguranças. Quantas vezes já me peguei pensando no que vou dizer quando ela perguntar como se faz um neném...ou quando ela me disser que deu o primeiro beijo, ou que está namorando. Me pego pensando no quanto eu quero fazer as coisas certas (se é que elas existem), tento me espelhar na maneira como fui criada pelos meus pais e aí vejo que a base de tudo é o amor mesmo. E isso eu tive e tenho de sobra. A partir daí, as outras coisas aparecem naturalmente: respeito, carinho, educação, honestidade. Rezo todo dia pra que minha filha seja honesta. Com os outros e principalmente com ela mesma!

Mas fora esse lance da criação, é incrível ver o desenvolvimento dela. É incrível ver como ela aprende rápido, fala tudo, é esperta, doce, é incrível ver a sua personalidade se formando e notar que ela se parece tanto comigo (será que isso é bom?). E agradeço todos os dias por ela ser uma criança saudável, porque era isso que eu pedia todos os dias enquanto ela estava na minha gigante barriga: “Que ela venha saudável”...e veio...e é linda...foi feita com amor e é amada até não agüentar mais. E é isso que eu quero pra ela sempre! E o que eu posso dizer da maternidade hoje, é que cada dia eu vejo que ainda tenho MUITO o que aprender, mas até que tô pegando a manha rapidinho. Há dois anos, minha vida mudou de tal maneira que às vezes eu nem sei direito se eu existo, porque ela vem sempre em primeiro lugar. É em Malu que eu penso desde o primeiro minuto do dia até o último, quando vou dormir. As minhas decisões são sempre baseadas no que eu acho que pode ser melhor pra ela. E tomara que ela me perdoe no futuro se achar que eu poderia ter feito diferente.

Só pra listar alguns dos momentos surreais, em que eu pensei o quanto ser mãe é incrível:

1- Quando ela deu o primeiro sorriso
2- Quando ela deu a primeira gargalhada
3- Quando ela deu os primeiros passos
4- Quando falou ‘mamãe’ pela primeira vez
5- Quando ela aprendeu a comer sozinha
6- Quando ela olhou pra mim e falou “gotóoooosa” apertando minha bochecha...
7- Quando presenciei a primeira cena de carinho entre ela e Lennon, o mascote da família
8- Quando ela foi pra escola pela primeira vez
9- Quando ela aprendeu a falar ‘caraca, maluco’ (essa é fantástica...)
10- Quando vejo ela reconhecendo todo mundo da família, chamando de ‘titio fulano’, ‘titia fulana’
11- Quando ela falou pela primeira vez o nome dos quatro Beatles (Paul, John, ‘Bingo’ e George)
12- Quando eu pergunto se ela ama mamãe e ela diz que ‘mama’. Essa, sem dúvida, é a melhor de todas!

Eu poderia passar horas e horas aqui enumerando as coisas que ela faz e diz, mas eu sou só um mãe babona mesmo...e quer um conselho? Seja uma você também, porque é bom demais!!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Finalmente, vi 'Juno'!

Eu sei que esse post de hoje tá meio atrasado, porque o filme já ganhou o Oscar, já foi a sensação em N festivais, todo mundo já escreveu sobre ele, blá blá blá...mas eu só tive tempo pra assistir ‘Juno’ neste domingo que passou. Logo, só pude escrever agora...

Sabe aqueles dias em que você quer desaparecer? Sumir? Evaporar? Era assim que eu tava me sentindo ontem, aí resolvi ir ao cinema, coisa que eu amo fazer, mas que o tempo não me permite tanto quanto eu gostaria, infelizmente :( Mas mesmo sem ver todos os filmes que quero, leio todas as críticas publicadas sobre aqueles que me interessam e ‘Juno’ foi um desses, que logo de cara, sem nem assistir, me conquistou.

Então, ontem eu fui conferir esse ‘hit’ da ex-stripper Diablo Cody, que já é a nova queridinha de Hollywood. Soube que a história tinha sido baseada em fatos reais, mas não encontrei nada que confirmasse isso. De qualquer maneira, a vida da roteirista é no mínimo, curiosa. Cansada do seu emprego que pagava super bem, mas era um saco, ela resolveu virar stripper. Assim, do nada. O marido, inclusive, deu o maior apoio. E a partir daí, ela começou a escrever roteiros (três já estão prontos e serão filmados em 2009 e Steven Spielberg vai assumir a produção de um deles) e parece que a coisa funcionou bem.

Depois de ‘Little Miss Sunshine’, ‘Juno’ é o filme hype da vez. O tema é bem batido, é verdade. Gravidez na adolescência é discutida de todas as formas, nos quatro cantos do mundo, sempre. Mas a forma como ela foi abordada no filme é simplesmente cativante, genial e o melhor, simples e verdadeira. Juno, uma garota considerada diferente por todos, descobre que está grávida aos 16 anos do ‘colega de classe’ Paulie Bleeker (um amor de menino, dá vontade de colocar no colo!) e decide fazer um aborto. Ao chegar à clínica, ela se apavora e desiste da idéia, dando logo lugar a uma outra: entregar o bebê para a adoção. O desenrolar dos fatos a partir de então, são hilários, comoventes, tristes até...não sei se é porque eu sou mãe (fiquei sensível demais...), mas fiquei meio deprimida com a naturalidade de Juno em relação a ‘dar’ o bebê, que inclusive ela chama de ‘thing’ várias vezes ao longo do filme. Mas aos poucos, você vai percebendo que isso é o melhor a ser feito, inclusive para o bebê. E no final, fiquei aliviada com a cena em que ela finalmente demonstra sofrimento (mesmo consciente dos seus atos) em ter desistido do seu filho em virtude da sua juventude. Eu, sinceramente, não consigo ter uma opinião formada sobre isso. Será que a irresponsabilidade de uma adolescente deve ser usada como desculpa para ‘resgatar’ a sua juventude supostamente perdida? Talvez sim. Talvez não. O que seria mais traumatizante? Passar a adolescência se batendo para criar uma criança - com grande chance de fracassar - ou desistir de um filho? Não sei.

Mas você não precisa ter essas respostas na ponta da língua pra curtir o filme, porque ele emociona. Te faz pensar. Te faz rir (muito). Te faz chorar (demais!). E isso já vale o ingresso. As ‘aventuras’ de Juno ensinam muito sobre como é difícil ter que amadurecer antes da hora. Como é difícil crescer quando se tem apenas 16 anos. Ensinam sobre descoberta – ela descobre, por exemplo, que pessoas normais se apaixonam e depois têm filhos, mas com ela foi diferente, claro. Ensinam sobre sentimentos que às vezes nem sabemos que somos capazes de sentir, mas que são inerentes ao ser humano, como o amor. Juno ensina muito sobre o amor e depois, pensando bem, talvez ‘dar’ o bebê tenha mesmo sido uma prova enorme disso. E ensina muito sobre a vida e como lidar com as provas que nos são impostas ao longo dela, tudo tratado com muita tranqüilidade, com muito esmero. O resultado é uma história muito legal sobre uma adolescente ‘roquenrou’ muito charmosa (aplausos para a atriz Ellen Page) e os dilemas que a assombram, desde a gravidez, até o amor por ‘Bleek’, o nerd mais incrível do mundo.

Então, pra quem ainda não viu, fica a dica. Juno é apaixonante!

Ps1: Dêem uma olhada no site oficial do filme: http://www.foxsearchlight.com/juno/
Ps2: A trilha do filme é FANTÁSTICA!! Já baixei, vou escutar com calma e depois faço um post só sobre ela, claro :P http://www.amazon.com/Juno-Original-Soundtrack/dp/B00104W8T6#moreAboutThisProduct
Ps3: Esse é o blog da Diablo Cody: http://diablocody.blogspot.com/
Ps4: afagos para Lulubaba por me resgatar daquele shopping horroroso e cheio de gente, pra comer sushi na orla : ) Você e Juno salvaram meu domingo!

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terça-feira, 11 de março de 2008

Valeu, Mr. Dylan!

chegando no Arena Rio...




Aqui estou eu, de volta à velha rotina que Aracaju me impõe, dia após dia...a minha depressão pós-Rio é sempre avassaladora, não tem jeito! E dessa vez ela foi ainda maior, depois do êxtase total ao ver Bob Dylan no palco, ao vivo! A única coisa que eu conseguia pensar antes, durante e depois do show era: ‘não acredito que eu tô aqui’...

Mas eu estava!! E vi cada pedacinho, cada gesto dele, escutei cada música e me arrepiei várias vezes! Várias. Bob Dylan é o cara! Isso é fato! Se eu já achava isso antes, agora eu confirmei da melhor forma possível: escutando ao vivo! Se a voz dele tava ruim? Não, tava péssima! Mas quem liga? Eu não fui atrás de afinação e voz impecável...eu fui atrás da música, do mito...e isso tinha de sobra naquele palco.

Nada de luzes e efeitos especiais, nada disso. Às 21h40, sob uma luz discreta, Dylan subiu lá em silêncio, junto com os outros músicos e quando notei, eles já estavam começando a tocar. Nada de ‘boa noite’, nenhum ‘oi’. Ele tocou o tempo todo em silêncio e só no final soltou um discreto ‘Thank you, friends’ e apresentou a banda. Aliás, que banda! Destaques e mais destaques para o baterista, show à parte! Mas voltando ao lance do silêncio de Dylan, que incomodou muita gente (inclusive a mim, confesso), fiquei pensando melhor depois e é isso! O cara é assim, não tem jeito. Ele dá entrevista desse jeito mesmo, discreto e sucinto. Porque é assim que ele é. E no final das contas, já tá todo mundo achando o máximo porque ele tocou do início ao fim. Ele tocou guitarra, deu um show na gaita e ficou no piano a maior parte do tempo e tudo isso, junto com a banda. Nada de spot especial para o ‘vocalista’. Ele se juntou aos outros músicos e passou parte do show no fundo do palco, com a sua turma, um verdadeiro cavalheiro. Nada de holofotes para Dylan. Ele só queria estar ali e fazer o que sabe de melhor: música!

E o show foi fantástico! Rainy day women #12 & 35 abriu e finalmente eu pude cantar com força total um dos meus refrões favoritos: ‘EEEEEEEEverybody must get stoned!!’. Ele tocou clássicos que ficaram irreconhecíveis com a sua voz fanha e murmurada, mas isso não incomodou a platéia em nenhum momento. E no mais legal deles, a galera que pagou mais caro para ficar nas cadeiras lá em baixo (eu estava na arquibancada, em cima) simplesmente invadiu a área limitada pelos seguranças e ficou grudada no palco ao som da sempre belíssima “Like a Rolling Stone”. Foi a única hora em que ele olhou diretamente para aquele público que implorava por um aceno e deu um sorriso discreto. Mas deu. A galera delirou e foi muito legal...acho que ele se amarrou naquela demonstração explícita de carinho do público brasileiro. Como sempre.

As canções novas do ‘Modern Times’ também apareceram aos montes no set list e como eu vinha escutando religiosamente, adorei poder cantar todas elas e apreciar a qualidade da banda, que estava F-O-D-A!

Quando se admira alguém, é muito fácil achar um milhão de elogios pra descrever momentos como esses. E confesso que pra mim foi difícil achar defeitos nessa noite...o local do show, o Arena Rio, é muito legal, a acústica estava ótima, tudo super organizado, tinha ar-condicionado, a bebida estava gelada, a platéia estava ali pra idolatrar um ídolo (juro, teve um cara que mandou eu calar a boca...sabe aquele gesto irritante com o dedinho na boca fazendo shiiiiiii?? Pois é...kkkkkkkkk) e as companhias eram fantásticas. Então, foi realmente uma noite inesquecível, toda embalada ao som de Mr. Dylan, um dos meus heróis pessoais.

A minha única frustração, devo confessar, foi o momento mais esperado da noite, quando ele cantou ‘Blowin' in the Wind’ e eu (aliás, todo mundo) não reconheci! Com arranjos muito diferentes e uma voz...bom, vocês já sabem... ficou difícil mesmo! E eu quase tenho um treco! Engraçado que em uma das críticas que eu li, a jornalista contou como os fãs estavam se divertindo em brincar de ‘qual é a música?’ no meio do show, porque algumas eram mesmo difíceis de decifrar, mas com ‘Blowin'...’ não poderia ter sido assim, poxa!! Mas enfim, fica pra próxima. Sim, porque com o nome da turnê ‘Never Ending Tour’ (A Turnê que Nunca Acaba), tenho esperanças que ele volte logo! Mas até lá, valeu Bob!

E no repertório...

1. "Rainy day women #12 & 35 "
2. "It ain't me babe"
3. "I'll be your baby tonight"
4. "Masters of war"
5. "The levee's gonna break"
6. "Spirit on the water"
7. "Things have changed"
8. "Workingman’s blues #2"
9. "My back pages"
10. "Honest with me"
11. "When the deal goes down"
12. "Highway 61 revisited"
13. "Nettie moore"
14. "Summer days"
15. "Like a rolling stone"

Bis:

16. "Thunder on the mountain"
17. "Blowin’ in the wind"

Ps1:
Afagos especiais para Paula Amaro, que recebeu a gente de braços abertos no seu lar, doce lar! E que mesmo sem conhecer nada de Dylan, foi ao show com a gente e adorou! Prova de que basta apreciar uma boa música que tá tudo certo!

Ps2: Vale a pena dar uma lida em duas críticas muito legais: a do Zeca Camargo, em
http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/ e a do Jamari, em http://oglobo.globo.com/blogs/jamari/



Algumas fotinhas....


nosso lugarzinho show de bola!

Eu e Raquel - êxtase total!

a galera invadindo a área...











quinta-feira, 6 de março de 2008

LIKE A ROLLING STOOOOOOOOONE!


FUI PRO RIO VER BOB DYLAN!!!



CONTO TUDO NA VOLTA!


segunda-feira, 3 de março de 2008

Surpresas num sábado à noite...


Meu maior problema em ter um blog é a atualização. Ela sempre fica em segundo plano, ou porque estou ocupada, ou porque às vezes penso, penso, penso e não consigo achar nada de interessante pra escrever. Será que tive um ‘bloqueio intelectual’?? Será que ando perdendo a minha inspiração? kkkkkkkkkkkkkk...Que nada! Na verdade, ela anda mais fértil do que nunca. É que existem épocas na minha vida em que eu só quero falar sobre determinados assuntos...aí fico sem querer ser piegas, chatinha, clichê. Ainda mais agora. E também existem assuntos que a gente acha interessante pra caralho, mas só a gente, porque ninguém mais acha...

Então, como eu já tô enjoada da cara do meu blog, entrei aqui sem muita coisa pra falar, mas cheia de pensamentos legais, de energia boa, apesar do momento não tão bom... e cheia de esperança em relação ao futuro. E hoje é segunda-feira...tive um fim-de-semana fantástico, sempre na companhia de pessoas que, ao longo dos anos, SEMPRE me fizeram bem, porque elas só querem o meu bem! Na quinta tô indo pro Rio ver um dos meus heróis, Mr. Dylan (que bom que ele não morreu de overdose!). É sério, tô com dor de barriga há uma semana por causa desse show...não vou agüentar a pressão não! E é claro, no próximo post, contarei tudo!

Mas falando em fim de semana, tava aqui pensando em sábado (é incrível como todos os meus posts acabam em música). Numa saída repentina e despretensiosa para o meu lugar favorito em Aju City, o Capitão Cook, ouvi uma banda genial e o mais legal, sergipana. Já tinha ouvido falar (e muito bem) deles, ‘The Baggios’, mas não sabia que som rolava até entrar lá. Na hora que ouvi os primeiros acordes, pensei “Porra, White Stripes!”. Só pra constar, sou fanática pela banda, acho uma das coisas mais originais que surgiu no rock nesses últimos anos aí...E sou uma grande fã do Jack White, que pra mim é um dos caras mais versáteis da música atualmente. Ele toca muito guitarra, tem o tom certo do bom e velho rock, nu e cru, passeia muito pelo blues (para isso criou uma banda paralela, The Racounters) e adora se aventurar no country americano, com sucesso. Pra ter uma idéia, ele já ganhou o Grammy pela produção do CD da Dolly Parton, uma das cantoras mais consagradas do country dos EUA. E a Meg White...bom, reza a lenda que ela é um robô (mal) programado pra tocar bateria...pra mim, ela é uma boneca inflável. De qualquer forma, acho que ela completa o visual cool da banda. E junto com o Jack, a coisa funciona.

Sim, mas voltando ao Baggios....a banda é de São Cristóvão, formada por dois amigos de infância, Elvis Boamorte (bateria) e Júlio Dodge (guitarra e voz). Pronto. E só. Então, rola aquele som seco, sem firula (eu também gosto de firula no rock, mas prefiro sem), rasgado. Isso quando eles fazem rock, porque com eles também rola um blues bem legal. Algumas influências dos caras: Jimi Hendrix, Muddy Waters, Robert Johnson (um dos professores de Clapton), The White Stripes (Aha!! Sabia!!) e Jon Spencer Blues Explosion. Uma pena que o som não tava muito bom, aí não deu pra ouvir direito as letras (as composições são próprias), mas enfim, foi uma ótima surpresa pra mim. E eu adoro surpresas. Especialmente num sábado à noite :)

* Algumas dicas:
1 – escutem ‘Blue Veins’, do Racounters, blues de primeiríssima qualidade :P
2 – Assistam ‘Eric Clapton – Sessions for Robert Johnson’. Imperdível!
3 – Não deixem de ir ao próximo show dos Baggios. Eu, com certeza, estarei lá!

Uma prévia pra quem quiser dar uma conferida:
http://br.youtube.com/watch?v=Vykn2LnwU-Y


Ps: afagos para Raquel e Lulubaba, minhas companhias constantes (na vida e nesse fim de semana). Amo!