segunda-feira, 15 de março de 2010
ROCK'N'ROSES
Em fevereiro e março, tive o enorme privilégio de assistir a dois shows que sempre estiveram na minha lista de ‘must to’. O ColdPlay, que vai ficar para um post futuro e o Guns N’ Roses, uma das bandas que, definitivamente, teve uma enorme influência no meu gosto musical porque foi uma das primeiras que comecei a escutar, mesmo antes dos Beatles! Então, embora o show de Chris Martin e ‘sua trupe’ tenha sido surreal, na hora de escolher qual texto escrever primeiro, na minha cabeça só coube o Guns!
A minha ‘relação’ com eles é longa, já que passei minha adolescência escutando os discos e colando fotos de Axl Rose nas minhas agendas...ficava encantanda com aquelas bandanas, aquela voz e claro, aquela dancinha fantástica que ele fazia. Acho que em parte, a minha sensação de alma lavada depois do show se deve a isso... mas principalmente, depois de uma frase que escutei quando já estávamos saindo do Ginásio Nilson Nelson, em Brasília: ‘Agora sim, você vai poder dizer aos seus netos que assistiu a um show de rock...’ :)
E foi isso mesmo que aconteceu ali. Um show de 2h30, com músicas de rock, músicos de rock e um rockstar nato, que mesmo depois de muitos anos continua se portando como tal. E sinceramente, mesmo que ele não seja mais o mesmo fisicamente (o tempo passa, né?) e sua voz também tenha perdido um pouco daquela força, Axl tem o público na mão, é um ‘frontman’ e estava ali com aquela vontade real de fazer rock’n’roll. E fez!
O show, que começou com duas horas de atraso (algumas coisas nunca mudam...), foi aberto por uma banda de metal brasiliense chamada Khallice muito boa e depois o Sebastian Bach – lembram dele? – entrou quebrando tudo. Uma grata surpresa! Eu, que só conhecia o seu trabalho no Skid Row, banda que deixou em 1996 pra seguir carreira solo, gostei muito das músicas.
E então, era a hora do show mesmo começar...com a introdução da faixa título do ‘Chinese Democracy’ e uma explosão enorme de fogos (sério, eu achei mesmo que ia ter uma coisa nessa hora! Gritava que nem uma descontrolada! kkkkkk), entrou no palco um Axl encapuzado, de óculos escuros, chapéu e emendando com ‘Welcome to the Jungle’ eu já começei a pensar: ‘não é possível que esse cara não vai mostrar o rosto’. Mas, ele desfez essa injustiça com as fãs que tanto suspiraram por ele na adolescência e apareceu depois com a velha bandana na cabeça. Tudo bem que o visual rechonchudo não é o mesmo da época, mas sério, quem liga pra isso ao vê-lo dizer “Oh...thank you!” depois de pegar um baseado jogado por alguém no palco?? kkkkkkkkkkkkkkk
Axl continua com tudo, fazendo a tal da dancinha, correndo feito um louco de um lado ao outro do palco, subindo nas caixas de som e dando o melhor de si ali em cima. E a platéia sentiu isso. Cantou junto, gritou com ele e vibrou com cada pedaçinho do espetáculo, que foi um verdadeiro show de pirotecnia, com direito a milhões e milhões de papéis picados e muita chuva de prata. O público foi ao delírio!! E eu junto!!
Além de músicas novas como ‘Madagascar’ e ‘Better’, a banda caprichou nos clássicos. Mandou ver em ‘Knocking on Heavens Door’s’, ‘November Rain’ (essa foi pra me matar, né?), ‘Patience’, ‘Paradise City’ e ainda fez o cover clássico do Paul, 'Live and Let Die’ e 'Another Brick and the Wall’, do Pink Floyd, no piano! Só lamentei muito eles não terem tocado ‘There Was a Time’... :(
Mas o que mais me impressionou durante o show foram os músicos dessa nova formação da banda! Gente, sério, o que era aquilo? Onde o Axl encontra essa galera, que toca desse jeito??!! São três guitarristas (Richard Fortus, Bumblefoot e DJ Ashba), um baixista (Tommy Stinson), dois tecladistas (Dizzy Reed, que também faz piano e percussão e Chris Pitman) e um baterista monstro (Frank Ferrer). Aliás, corrigindo, guitarristas não, né...GUITAR HEROES!! Os caras são três monstros! Tocam muito! A uma certa altura do show, depois de tanto êxtase, quando ouvi aquele riff quase que indecente de ‘Sweet Child ‘O Mine’, eu só conseguia pensar: “Quem é o Slash mesmo??”. Ainda mais depois que ele começou a imitar o próprio, com o cigarrinho pendurado na boca e aquela cartola preta na cabeça! ‘Tiração’ de onda maior não poderia existir!
O shows que rolam no Brasil dão continuidade a turnê oficial ‘Chinese Democracy World Tour’ iniciada em dezembro do ano passado e promete ser a maior da banda, pois de seus quatro primeiros shows, em Taipei, Seul, e Japão, o ultimo teve mais de três horas de duração. Aqui foram duas horas e meia, mas também, com um disco que demorou 13 anos pra ficar pronto, não poderia ter sido diferente, né?
Bom, os fãs só esperam que a turnê termine do jeito que começou: com uma banda formada por feras mandando ver no palco e um Axl cheio de disposição, gritando, correndo e jogando o microfone na platéia no final dos shows! Kkkkkkkkk...é esse Axl que nós conhecemos e amamos!!
E pra terminar, relato aqui uma cena fofa que vi na porta do estádio quando já estávamos indo embora: dois fãs homens, amigos eu imagino, se abraçando, chorando e gritando “caralho, caralho!!” na porta do ginásio! Kkkkkkkkkkkkkk...existe coisa mais rock’n’roll do que isso?? I don’t think so... :PP
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