chegando no Arena Rio...
Aqui estou eu, de volta à velha rotina que Aracaju me impõe, dia após dia...a minha depressão pós-Rio é sempre avassaladora, não tem jeito! E dessa vez ela foi ainda maior, depois do êxtase total ao ver Bob Dylan no palco, ao vivo! A única coisa que eu conseguia pensar antes, durante e depois do show era: ‘não acredito que eu tô aqui’...
Mas eu estava!! E vi cada pedacinho, cada gesto dele, escutei cada música e me arrepiei várias vezes! Várias. Bob Dylan é o cara! Isso é fato! Se eu já achava isso antes, agora eu confirmei da melhor forma possível: escutando ao vivo! Se a voz dele tava ruim? Não, tava péssima! Mas quem liga? Eu não fui atrás de afinação e voz impecável...eu fui atrás da música, do mito...e isso tinha de sobra naquele palco.
Nada de luzes e efeitos especiais, nada disso. Às 21h40, sob uma luz discreta, Dylan subiu lá em silêncio, junto com os outros músicos e quando notei, eles já estavam começando a tocar. Nada de ‘boa noite’, nenhum ‘oi’. Ele tocou o tempo todo em silêncio e só no final soltou um discreto ‘Thank you, friends’ e apresentou a banda. Aliás, que banda! Destaques e mais destaques para o baterista, show à parte! Mas voltando ao lance do silêncio de Dylan, que incomodou muita gente (inclusive a mim, confesso), fiquei pensando melhor depois e é isso! O cara é assim, não tem jeito. Ele dá entrevista desse jeito mesmo, discreto e sucinto. Porque é assim que ele é. E no final das contas, já tá todo mundo achando o máximo porque ele tocou do início ao fim. Ele tocou guitarra, deu um show na gaita e ficou no piano a maior parte do tempo e tudo isso, junto com a banda. Nada de spot especial para o ‘vocalista’. Ele se juntou aos outros músicos e passou parte do show no fundo do palco, com a sua turma, um verdadeiro cavalheiro. Nada de holofotes para Dylan. Ele só queria estar ali e fazer o que sabe de melhor: música!
E o show foi fantástico! Rainy day women #12 & 35 abriu e finalmente eu pude cantar com força total um dos meus refrões favoritos: ‘EEEEEEEEverybody must get stoned!!’. Ele tocou clássicos que ficaram irreconhecíveis com a sua voz fanha e murmurada, mas isso não incomodou a platéia em nenhum momento. E no mais legal deles, a galera que pagou mais caro para ficar nas cadeiras lá em baixo (eu estava na arquibancada, em cima) simplesmente invadiu a área limitada pelos seguranças e ficou grudada no palco ao som da sempre belíssima “Like a Rolling Stone”. Foi a única hora em que ele olhou diretamente para aquele público que implorava por um aceno e deu um sorriso discreto. Mas deu. A galera delirou e foi muito legal...acho que ele se amarrou naquela demonstração explícita de carinho do público brasileiro. Como sempre.
As canções novas do ‘Modern Times’ também apareceram aos montes no set list e como eu vinha escutando religiosamente, adorei poder cantar todas elas e apreciar a qualidade da banda, que estava F-O-D-A!
Quando se admira alguém, é muito fácil achar um milhão de elogios pra descrever momentos como esses. E confesso que pra mim foi difícil achar defeitos nessa noite...o local do show, o Arena Rio, é muito legal, a acústica estava ótima, tudo super organizado, tinha ar-condicionado, a bebida estava gelada, a platéia estava ali pra idolatrar um ídolo (juro, teve um cara que mandou eu calar a boca...sabe aquele gesto irritante com o dedinho na boca fazendo shiiiiiii?? Pois é...kkkkkkkkk) e as companhias eram fantásticas. Então, foi realmente uma noite inesquecível, toda embalada ao som de Mr. Dylan, um dos meus heróis pessoais.
A minha única frustração, devo confessar, foi o momento mais esperado da noite, quando ele cantou ‘Blowin' in the Wind’ e eu (aliás, todo mundo) não reconheci! Com arranjos muito diferentes e uma voz...bom, vocês já sabem... ficou difícil mesmo! E eu quase tenho um treco! Engraçado que em uma das críticas que eu li, a jornalista contou como os fãs estavam se divertindo em brincar de ‘qual é a música?’ no meio do show, porque algumas eram mesmo difíceis de decifrar, mas com ‘Blowin'...’ não poderia ter sido assim, poxa!! Mas enfim, fica pra próxima. Sim, porque com o nome da turnê ‘Never Ending Tour’ (A Turnê que Nunca Acaba), tenho esperanças que ele volte logo! Mas até lá, valeu Bob!
E no repertório...
Mas eu estava!! E vi cada pedacinho, cada gesto dele, escutei cada música e me arrepiei várias vezes! Várias. Bob Dylan é o cara! Isso é fato! Se eu já achava isso antes, agora eu confirmei da melhor forma possível: escutando ao vivo! Se a voz dele tava ruim? Não, tava péssima! Mas quem liga? Eu não fui atrás de afinação e voz impecável...eu fui atrás da música, do mito...e isso tinha de sobra naquele palco.
Nada de luzes e efeitos especiais, nada disso. Às 21h40, sob uma luz discreta, Dylan subiu lá em silêncio, junto com os outros músicos e quando notei, eles já estavam começando a tocar. Nada de ‘boa noite’, nenhum ‘oi’. Ele tocou o tempo todo em silêncio e só no final soltou um discreto ‘Thank you, friends’ e apresentou a banda. Aliás, que banda! Destaques e mais destaques para o baterista, show à parte! Mas voltando ao lance do silêncio de Dylan, que incomodou muita gente (inclusive a mim, confesso), fiquei pensando melhor depois e é isso! O cara é assim, não tem jeito. Ele dá entrevista desse jeito mesmo, discreto e sucinto. Porque é assim que ele é. E no final das contas, já tá todo mundo achando o máximo porque ele tocou do início ao fim. Ele tocou guitarra, deu um show na gaita e ficou no piano a maior parte do tempo e tudo isso, junto com a banda. Nada de spot especial para o ‘vocalista’. Ele se juntou aos outros músicos e passou parte do show no fundo do palco, com a sua turma, um verdadeiro cavalheiro. Nada de holofotes para Dylan. Ele só queria estar ali e fazer o que sabe de melhor: música!
E o show foi fantástico! Rainy day women #12 & 35 abriu e finalmente eu pude cantar com força total um dos meus refrões favoritos: ‘EEEEEEEEverybody must get stoned!!’. Ele tocou clássicos que ficaram irreconhecíveis com a sua voz fanha e murmurada, mas isso não incomodou a platéia em nenhum momento. E no mais legal deles, a galera que pagou mais caro para ficar nas cadeiras lá em baixo (eu estava na arquibancada, em cima) simplesmente invadiu a área limitada pelos seguranças e ficou grudada no palco ao som da sempre belíssima “Like a Rolling Stone”. Foi a única hora em que ele olhou diretamente para aquele público que implorava por um aceno e deu um sorriso discreto. Mas deu. A galera delirou e foi muito legal...acho que ele se amarrou naquela demonstração explícita de carinho do público brasileiro. Como sempre.
As canções novas do ‘Modern Times’ também apareceram aos montes no set list e como eu vinha escutando religiosamente, adorei poder cantar todas elas e apreciar a qualidade da banda, que estava F-O-D-A!
Quando se admira alguém, é muito fácil achar um milhão de elogios pra descrever momentos como esses. E confesso que pra mim foi difícil achar defeitos nessa noite...o local do show, o Arena Rio, é muito legal, a acústica estava ótima, tudo super organizado, tinha ar-condicionado, a bebida estava gelada, a platéia estava ali pra idolatrar um ídolo (juro, teve um cara que mandou eu calar a boca...sabe aquele gesto irritante com o dedinho na boca fazendo shiiiiiii?? Pois é...kkkkkkkkk) e as companhias eram fantásticas. Então, foi realmente uma noite inesquecível, toda embalada ao som de Mr. Dylan, um dos meus heróis pessoais.
A minha única frustração, devo confessar, foi o momento mais esperado da noite, quando ele cantou ‘Blowin' in the Wind’ e eu (aliás, todo mundo) não reconheci! Com arranjos muito diferentes e uma voz...bom, vocês já sabem... ficou difícil mesmo! E eu quase tenho um treco! Engraçado que em uma das críticas que eu li, a jornalista contou como os fãs estavam se divertindo em brincar de ‘qual é a música?’ no meio do show, porque algumas eram mesmo difíceis de decifrar, mas com ‘Blowin'...’ não poderia ter sido assim, poxa!! Mas enfim, fica pra próxima. Sim, porque com o nome da turnê ‘Never Ending Tour’ (A Turnê que Nunca Acaba), tenho esperanças que ele volte logo! Mas até lá, valeu Bob!
E no repertório...
1. "Rainy day women #12 & 35 "
2. "It ain't me babe"
3. "I'll be your baby tonight"
4. "Masters of war"
5. "The levee's gonna break"
6. "Spirit on the water"
7. "Things have changed"
8. "Workingman’s blues #2"
9. "My back pages"
10. "Honest with me"
11. "When the deal goes down"
12. "Highway 61 revisited"
13. "Nettie moore"
14. "Summer days"
15. "Like a rolling stone"
Bis:
16. "Thunder on the mountain"
17. "Blowin’ in the wind"
Ps1: Afagos especiais para Paula Amaro, que recebeu a gente de braços abertos no seu lar, doce lar! E que mesmo sem conhecer nada de Dylan, foi ao show com a gente e adorou! Prova de que basta apreciar uma boa música que tá tudo certo!
Ps2: Vale a pena dar uma lida em duas críticas muito legais: a do Zeca Camargo, em http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/ e a do Jamari, em http://oglobo.globo.com/blogs/jamari/
Ps1: Afagos especiais para Paula Amaro, que recebeu a gente de braços abertos no seu lar, doce lar! E que mesmo sem conhecer nada de Dylan, foi ao show com a gente e adorou! Prova de que basta apreciar uma boa música que tá tudo certo!
Ps2: Vale a pena dar uma lida em duas críticas muito legais: a do Zeca Camargo, em http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/ e a do Jamari, em http://oglobo.globo.com/blogs/jamari/
Algumas fotinhas....
nosso lugarzinho show de bola!
Eu e Raquel - êxtase total!
a galera invadindo a área...
2 comentários:
Massa gata, muito legal. Deu para sentir daqui lendo seu relato e suas fotos q vc tava radiante de felicidade, até me envolvi com o show narrado por vc,rsrssrs.
Para ser 100%, so faltou eu c vc né?rsrs. da px iremos juntos curtir além do show, a praia tb...
auuuuuuuuuuuuuuuu
vc eh linda, desejo a vc milhares de momentos como este! te amoo!
Foi um prazer escutar Bob Dylan, ainda mais em companhia de pessoas tão "caras"...
Mesmo não sabendo a cada canção que diabo de música tava tocando, ainda assim foi inesquecível. Vai entender? This is Bob Dylan, baby!!! Au...
Ps. Logo mais posto no meu blog... passe lá!
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