sábado, 25 de outubro de 2008

ÀS TANGAS, COM CARINHO! :)

Faltam algumas :( mas é que eu adorei essa foto!
by Pri

Uma das coisas mais incríveis na vida é perceber que ao longo da sua existência, você cativa pessoas. Você nasce, vai crescendo, vivendo, aprendendo e fazendo amigos, descobrindo as qualidades alheias, afinidades, criando redes de amizades e mesmo que às vezes essas redes não se cruzem, você acaba formando um elo com pessoas que passam a ter importância na sua vida.

São essas pessoas que eu chamo de amigos.

E os meus são fantásticos. Quem me conhece sabe como às vezes eu sou difícil, mas mesmo assim, sou privilegiada, porque tenho muitos amigos. Já ouvi várias vezes aquele papo de que amigo de verdade a gente só tem uns poucos. Eu não vejo a amizade dessa forma tão superestimada. Às vezes, uma pessoa que você ama pode te decepcionar de alguma forma - mas nem por isso deixa de ser amigo. E outras, quando você menos espera, são capazes de dar um braço pra te ajudar. E a amizade nasce de atitudes assim.

Tenho amigos antigos, novos, aqueles que vão e voltam...e todos eles me cativam cada dia mais. Por exemplo, há mais ou menos umas cinco semanas, ‘conheci’ um grupo de mulheres incríveis. Quer dizer, algumas delas eu já conhecia, outras nunca visto antes. Mas depois de algumas saídas regadas a boas risadas, conversas bobas (e sérias também), comecei a perceber que melhor do que ter amigos, é FAZER amigos. Trocar 'figurinhas', descobrir afinidades, se sentir à vontade pra falar besteira e rir de tudo. Se divertir. E depois disso tudo, o melhor é saber que suas amigas são mulheres inteligentes, fortes, cheias de vida, de histórias legais pra contar e experiências fantásticas pra dividir.

É esse tipo de amizade que eu acho válida, saudável. Aquela que te faz aprender e que suga o melhor que você pode dar. Nova ou velha, não importa. O importante é estar rodeada de pessoas com um astral que levanta até defunto, que te fazem rir e riem das suas bobagens, topam qualquer parada - até tomar banho de mangueira de carro-pipa na 13 de Julho em plena madrugada :) Mas que também falam de coisas sérias com propriedade. São sensíveis e conseguem explicitar carinho de verdade, sem pretensões, a não ser o simples fato de ser...de estar...

São com essas pessoas que quero estar, independente de tempo algum. É claro, se pudermos chegar juntas à ‘velhice’ (física, é claro :P), tenho certeza que será com essa disposição incrível e fazendo muita farra por aí. E que assim seja :)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

...

"...true perfection has to be imperfect..."



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Happy Birthday, John!

“Meus heróis morreram de overdose”, já cantava Cazuza. O meu foi covardemente assassinado, com cinco tiros, na porta de casa. Se ele estivesse vivo, estaria fazendo 68 anos hoje.

Quando eu tinha 14 anos, me apaixonei por quatro caras de uma vez só. Daqueles amores arrebatadores, que duram pra sempre, sabe...mas mesmo sempre tendo uma queda especial e declarada pelo George, foi John Lennon que me fez pensar pela primeira vez em ideais, em lutar por aquilo que se acredita e fazer a diferença. Foi ele que me fez entender, pela primeira vez, a concepção da ‘tal’ ideologia. Os tempos são outros, é verdade, mas o espírito continua.

Na pré-adolescência, é normal que a gente tenha ídolos, daqueles que nos deixam alucinados, que te faz querer saber tudo sobre ele, colecionar fotos e gravar tudo que passa na TV, só pra ter guardado. A minha paixão pelos Beatles foi assim. Mas o tempo foi passando e minha admiração por Lennon se tornou bem real.

John foi um homem que descobriu sua veia artística logo cedo e desenvolveu suas habilidades gradativamente, se tornando, aos poucos, um grande poeta não só da sua geração, mas de todas as outras e por diversas vezes, sua genialidade quase o levou à loucura.

Mas no fundo, mais do que qualquer protesto, do que um casamento com uma japonesa feia, mais velha e arredia, uma lua-de-mel televisionada e um protesto dentro de um saco, John só queria amor. O ego que surgiu na época em que ele fazia parte da maior banda do mundo e que a destruiu mais na frente (não, os Beatles não acabaram por causa de Yoko), acabou dando lugar a uma enorme carência afetiva, que nem o amor da sua vida foi capaz de suprir. Ele foi ‘abandonado’ pela mãe duas vezes, pelo pai e passou grande parte da vida sendo privado de uma família normal, de verdade. No final das contas, ele só queria ser amado sempre e da forma mais intensa que alguém conseguisse.

E quando ele finalmente começou a encontrar a paz interior, depois de 40 anos, foi atacado pelas costas. Quando John morreu, em 1980, ele estava tentando se reaproximar da família, das suas irmãs e do seu filho mais velho, Julian. Seu casamento parecia ter entrado nos trilhos novamente e ele estava gravando de novo, depois de cinco anos sem fazer absolutamente nada. O 'Double Fantasy' era uma promessa de sucesso e de fato, três semanas depois da sua morte, quando foi lançado, ele chegou ao topo das paradas. Ele não viveu pra ver. E tenho a impressão que esse seria o disco que impulsionaria uma nova fase da sua carreira e da sua vida. Mas isso a gente também nunca vai saber.

E como ele estaria hoje, aos 68 anos? Provavelmente fazendo música e comemorando cada aniversário bem ao seu estilo...enfim, vivendo... “Life is what happens to you when you’re busy making other plans...”. E não é mesmo? :P

Dica: esqueçam esses livros biográficos que já escreveram sobre o John. Pra se ter uma noção mais próxima de quem ele realmente foi, leiam “Crescendo com meu irmão John Lennon”, de Julia Baird, a irmã do meio dele. Simplesmente fantástico!

sábado, 4 de outubro de 2008

Jack White é ainda melhor ao vivo!!

Vi Jack White pela primeira vez num clip na MTV, com o White Stripes, tocando ‘Seven Nation Army’ e pirei na hora! Como uma banda formada por duas pessoas – um guitarrista e uma baterista – poderia fazer um som tão rock’n’roll como aquele? Pois é, eles podiam. Aliás, ainda podem! Então, virei uma fã árdua, tenho todos os CDs e no último, o ‘Icky Thump’, eles provaram que o tempo passa e eles só melhoram. Abrindo parênteses para uma dica rápida, pra quem não conhece, comece ouvindo ‘Elephant’, de 2003, que na minha opinião, é o melhor.

Paralelamente ao Stripes, o Jack resolveu juntar uns amigos aí e montou a Raconteurs. Não deu outra: fui atrás e descobri que ele conseguia fazer um trabalho ainda melhor com os caras! A banda é formada por Brendan Benson (já consagrado na cena underground americana) na guitarra e vocal, Jack Lawrence no baixo, Patrick Keeler na batera e Mr. White nos teclados, guitarra e vocal.


o começo destruidor!

Mas o Jack é mesmo a atração da banda né...vencedor de Grammy, produtor super conceituado no mundo da música e tem o 17º lugar na lista dos ‘100 Melhores Guitarritas’, da Rolling Stone. Mas o que me fez prestar atenção nele é que, além de ser um ‘puta’ guitarrista, daqueles que tira aquele som rasgado, bem cru mesmo da guitarra e ainda assim consegue fazer melodias belíssimas, é a capacidade dele de juntar rock, blues e country, bater no liquidificador e fazer uma obra-prima como ‘Blue Veins’, por exemplo. Inclusive, o Grammy que ele ganhou foi por causa da produção feita no disco de Dolly Parton, a ‘diva’ do country nos EUA. Enfim, o cara não só toca muito, como também é um músico completo, com habilidade pra fazer bem qualquer coisa que quiser e atuar em qualquer área paralela à música.

Mas enfim, voltemos ao principal motivo do meu post! Sou fã mesmo, como vocês já perceberam. Aí recebi esse convite irresistível do meu namorado igualmente irresistível (au!) e lá fomos nós pra São Francisco, pro Treasure Island Festival!E foi assim, sob o sol daquela cidade encantadora, muito vento e um frio congelante, que eu pude conferir ao vivo o talento de um dos meus ídolos na música, Jack White. Aliás, serei justa: a banda INTEIRA é inacreditável!!

Brendan Benson e Jack White

Chegamos na ilha, que fica do outro lado da cidade, ao meio dia, para uma maratona de shows que começou pontualmente às 12h45 e só terminou 23h, com o Raconteurs fechando com chave de diamante! Os caras já entraram no palco arrebentando tudo e ao som de ‘Steady As She Goes’, o maior hit da banda, eu me dei conta de que eu estava ali!! Mas o melhor de ver ao vivo uma banda que a gente ama, é saber de fato, o que a torna tão especial... porque é no palco que dá pra sentir de verdade o entrosamento com o público. E Jack White, mais do que um ‘frontman’ nato, é o líder do grupo. Ele comanda os outros músicos, mas sem aquela de ar blasé. Ele consegue instigar a banda, interagindo com a galera ao mesmo tempo, mesmo que passe uma boa parte do show dando as costas para o público pra ‘administrar’ as coisas. E nem assim ele perde a ligação com o público. Enfim, um show pra ninguém botar defeito! Quando acabou, meu sorriso nem cabia nas fotos! :P


OBRIGADO VCS!!

O Festival, claro, muito bem organizado e com uma vista linda da cidade, contou ainda com a participação incrível de outra banda muito boa, The Kills. Com Jamie Hince e Alisson Mosshart nas guitarras, a banda se resume a isso. O resto é tudo no sampler e som fica do caralho! Recomendo ‘U R a Fever’, a música de trabalho do CD novo, Midnight Boom, que é fantástico! Hince é um exímio guitarrista, daqueles britânicos que sabem fazer rock de verdade e a Alisson é uma americana, ex-vocalista de uma banda de punk que tem aquela atitude ‘bagaça roquenrou’ que complementa o visual ‘cool’ da banda. Ele de cachecol chiquérrimo pra bater o frio e ela de camisa rasgada e jaqueta surrada de couro, com o cigarro no bico fazendo o estilo “foda-se todo mundo que eu quero é fazer roquenrou!”. Muito bom! O evento ainda contou com outras onze bandas, a maioria delas muito boa! Aos poucos vou postando alguma coisa sobre algumas delas...

The Kills - rock'n'roll do bom!!

Mas na verdade, melhor do que eu ter podido realizar mais um sonho, foi poder ter feito isso ao ‘seu’ lado. Aí tudo ficou tão mais especial...brigado, viu? :)

PS: fotinhas by Deh e Kaká...au!