Minha mãe costuma contar que quando eu nasci, meu pai estava certo de que viria um menino – naquela época ainda não tínhamos os aparelhinhos mágicos que já matam a curiosidade dos pais logo nos primeiros meses de gestação. Mas aí, eu cheguei.... e desde que me entendo por gente, a minha ligação com esse ser humano incrível que é o meu pai, só cresceu.
Lá em casa somos só eu e meu irmão, uma família relativamente pequena, mas que tem uma força impressionante. Somos uma rocha...ali, os quatro, sempre unidos, não importa o que aconteça. E foi ele – junto com minha mãe – que ensinou, criou e reforçou esse conceito de família. Meu pai é único, um adorável paradoxo. Ele é um cabeça-dura na maioria das vezes, mas basta uma palavra de carinho pra que ele ‘pense melhor’. É um ‘bruto’, como dizem por aí, mas adora um afago e vive pedindo pra gente ‘coçar suas costas’. É machão, mas adora se deixar levar pela minha mãe. Vive reclamando de Lennon – nosso cachorro – mas basta o pobre chegar perto, que ele já faz um carinho – do jeito dele, né..mão pesada batendo na cabeça :P. Apesar das dificuldades da vida, está sempre disposto a ajuda, a se sacrificar pela gente. Quando descobri que estava grávida, lembro que estava tão nervosa, mas quando contei, ele abriu um sorriso que nunca vou esquecer e pela terceira vez na minha vida, vi aquele homenzarrão chorar como um bebê – a primeira foi quando passei no vestibular e a segunda quando me formei.
Ele me passou valores de moral, educação e de vida eternos. Uma das coisas mais incríveis que eu sempre achei, é que ele nunca mandou na gente. Quero dizer, é claro que ele dava suas ordens, mas em se tratando de decisões importantes, sempre dava a sua opinião. Ele nunca impôs nada pra mim ou meu irmão... dizia o que achava e muitas vezes, mais do que ele pensa, eu acatava. E tenho orgulho em dizer que nenhum dos dois nunca desrespeitou meus pais. E não lembro o dia em que brigamos ou deixamos de nos falar. Acho que isso nunca aconteceu lá em casa.
Tudo que sou hoje devo à formação que tive, à criação que meus pais me deram. É por isso que eu sempre penso que ele é a minha metade. Minha mãe é a outra. O que há de melhor em mim, foram eles que me deram e por isso são minhas almas gêmeas. Eu passei a vida vendo meu pai carregar a família nas costas, em toda e qualquer situação, lá estava ele, fazendo o melhor que podia o tempo todo. E o resultado é esse: uma família que se cuida, se admira, que quer sempre estar junta, perto um do outro.
Eu cresci amando loucamente Rubisney e tendo cada vez mais certeza da importância paterna na vida de uma pessoa. E tive muita sorte, pois sou rodeada delas. Tenho o privilégio de assistir de camarote, dia após dia, demonstrações lindas de amor, de figuras fantásticas ao meu redor...do meu pai, dos meus avôs, tios, do pai da minha filha e de Deh, claro :). Tenho a certeza que todas essas pessoas dão a sua parcela de contribuição para um mundo melhor, porque criam e criaram seres humanos maravilhosos.
Hoje, tenho a alegria e o orgulho de dizer que sou o que sou por causa dele. E no seu dia, mais uma vez, quem ganha o presente sou eu: meu pai de nome esquisito, que conquistou e conquista tantos amigos, um homem com um carisma peculiar, tão querido por todos à sua volta e amado pela sua família, o quarteto fantástico! :)
E eu sei que é clichê, mas não existe outra frase pra terminar a minha homenagem melosa nesse segundo domingo de agosto: ‘meu pai é sim, o melhor do mundo!’. E tenho dito!
domingo, 9 de agosto de 2009
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Um comentário:
Vcs me enchem de orgulho,somos ricos de alegria,felicidade e raça.
somos uma família,obrigado por tudo.
te amo profundamente.
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