segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Queria ser invisível!


Fofoca: consiste no ato de fazer afirmações não baseadas em fatos concretos, especulando em relação à vida alheia. Presente ao longo de toda a história, tal ato é freqüentemente ligado à imagem das mulheres. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Existe coisa mais chata do que fofocas ao seu respeito? Não, não existe. Eu sei, desde que o mundo é mundo, as pessoas adoram inventar sobre a vida alheia, especular sobre ela. Mas o que mais me irrita é que esse tipo de coisa geralmente surge de gente que você nem conhece ou mal fala. Aí eu pergunto: por que será que as pessoas sentem prazer em esculachar um desconhecido? Será que a fofoca produz endorfina, substância igual à do chocolate que causa prazer?

Bom, de qualquer maneira, não vou ficar pregando aqui que nunca fiz fofoca. Já falei da vida alheia (será que é inerente ao ser humano?), mas uma coisa eu garanto: nas poucas vezes que o fiz, nunca tive a intenção de magoar ou prejudicar ninguém. Vejam bem a diferença entre “Ei, já sabem da novidade? Fulana tá grávida! Êeeeeeee” e “Ei, já tá sabendo? Fulana tá grávida, quem será o pai, hein?”. Viram? O intuito em querer saber quem é o pai já dá uma conotação perjorativa ao comentário, algo totalmente desnecessário. Falar é uma coisa, fofocar é outra.

Eu já fui alvo de muita fofoca (todo mundo, eu acho), mas ultimamente tenho me irritado mais do que o normal com certos comentários. Acho que às vezes a gente precisa brigar pelo direito de ter um pouco de privacidade, caramba! E olhem que eu sou ‘ninguém’ viu...não sou famosa, não tenho grana, muito menos sobrenome sonoro, mas mesmo assim, tem gente gastando tempo e saliva pra falar de mim...é isso que eu não entendo!

Talvez a fofoca faça mesmo parte do cotidiano de muita gente, mas daí a transformar isso numa obsessão, numa arma, a coisa muda de figura. Aquela máxima “falem mal, mas falem de mim” pra mim não funciona. Às vezes eu queria ser invisível. Queria aparecer só pra quem eu quisesse, aí neguinho não ia nem saber que eu existo! Bom demais, né não? A fofoca é uma rede de intrigas (não deixem de ver o filme ‘Gossip’. Acho que em português é ‘Intrigas’) e o pior disso é que não é só você que acaba caindo nela, mas eventualmente outras pessoas com as quais você se importa e por isso, muita gente sai machucada.

Ah, sim! Esqueçam a história de que só mulher faz fofoca. Os homens fazem e muito. E digo mais, esses são os piores, pois geralmente fazem comentários machistas, perjorativos e maldosos sobre pessoas que normalmente nem conhecem. A mulher, pelo menos, acha que tem conhecimento de causa...

Na verdade esse post é mais um desabafo mesmo...eu sei que as fofocas vão continuar existindo e a tendência é piorar. Infelizmente, eu vou ter que aprender a conviver com elas e mandar um pra ‘puta que pariu’ vez ou outra. E esse é mais um mal a que nós, seres humanos, estaremos sendo expostos ao longo das nossas vidas. Mas de qualquer maneira, gostaria de fazer um apelo: 'Pessoas desocupadas, antes de sair por aí falando de coisas que não te dizem respeito só pra sentir algum prazer nisso, comam uma barra inteira de chocolate! Quem sabe não funciona?'
E me deixem em paz!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Sanidade mental: conserve a sua!


Eu tentei a todo custo não escrever sobre ela, mas não deu. Não dá pra ignorar a série de bizarrices trágicas da novela “Britney Spears”, que está mais pra Princesa do ‘Pó’ do que do ‘Pop’...título, aliás, que eu nunca achei que fosse dela.

Mas gosto musical à parte, o mundo tem acompanhado (o quê? vai dizer que você nunca ouviu falar de nenhuma baixaria dela, seja pela TV ou internet? sei, sei...) pasmo os surtos e loucuras de um dos maiores fenômenos da música teen. De menininha loira, linda e ‘virgem’, a garota passou a se comportar como uma kenga desvairada careca e baranga, fazendo competição com Paris Hilton, sua ex-melhor amiga, pra ver quem pegava mais homem (ou mulher, tanto faz), quem enlouquecia mais na balada ou quem mostrava mais as partes íntimas em lances históricos.

Até aí...bom, até aí tudo mais ou menos ‘normal’ no showbizz americano. Mas a pergunta que me faço quando vejo notícias cada vez mais cabulosas a respeito de Britney é “o que fez ela chegar no fundo do poço desse jeito?”. É claro que eu não sei a resposta e acho que ninguém nunca vai saber, mas me fez pensar em como a cabeça da gente é uma máquina pronta pra entrar em pane a qualquer momento. Em como um simples ‘fio’ solto, as pessoas perdem o brio, se transformam em seres irreconhecíveis e podem transformar suas vidas de contos de fadas em verdadeiros filmes de horror. Deve ter sido isso que aconteceu com ela. Fama demais, dinheiro demais, beleza demais, inveja demais, pressão demais, privacidade de menos, família de menos, amor de menos...fico imaginando como deve ser a vida de alguém que vai tomar um café na esquina de casa e dá de cara com mais de 200 paparazzos enlouquecidos. Não é todo mundo que agüenta...ela não aguentou.

Gente, eu estava lendo a última polêmica notícia sobre essa figura e me peguei intrigada em achar alguma coisa que falasse bem dessa pobre de Deus! E fui procurando, procurando e nada!! Nem umazinha! E aí eu fui listando algumas só pra vocês terem noção...Só pra se ter uma idéia de como deve ser a vida dela, fiz uma retrospectiva de algumas coisas que li nos últimos meses (e olhe que não é nem a metade...). Lá vai:

Britney é fotografada com calcinha suja de sangue nos EUA

Britney grita que "está nua" durante entrevista a uma rádio

Britney sai com vestido de noiva

Britney fica nua em loja dos EUA

Ex-affair de Britney Spears vende fotos e vídeos da intimidade da cantora

Spears perde a guarda dos dois filhos para o marido

Spears é internada depois de crise nervosa

Britney Spears diz que é melhor ser sem-teto do que ser ela

Usando blusa sem sutiã, Britney Spears vai à reunião com advogado de Kevin Federline

Britney Spears desiste de entrar em tribunal com medo dos paparazzi

Britney Spears ameaça se matar caso volte a ser internada

Britney Spears continuará sem poder ver os filhos

Britney Spears paga para que fotógrafo pose como seu namorado, diz jornal

Britney Spears teria escrito carta de suicídio

Comportamento de Britney Spears pode prejudicar gravidez da irmã

Filhos de Britney Spears ainda não perguntaram por ela

Britney Spears ameaçou se suicidar durante surto

Ordem policial obriga Britney Spears a manter distância do ex e dos filhos

Britney Spears e Adnan Ghalib planejam vender fotos do romance

De camisola, Britney Spears é flagrada com outro paparazzo em Los Angeles

Britney Spears: caos no hospital e bipolaridade

Paparazzi cercam casa de Britney Spears

Britney Spears já tomou droga dada a cavalos de corridas

Vídeo com orgia de Britney Spears cai na rede, diz site

Médicos classificam caso de Britney Spears como desordem mental

Advogado de Britney Spears pede demissão

Tia de Britney Spears teme que a sobrinha tente se matar

Britney Spears é internada novamente

Britney Spears é transferida para quarto de proteção máxima em hospital

Internada, Britney Spears não é capaz de comer nem de se vestir sozinha

Mãe de Britney diz que empresário mantinha a cantora drogada o tempo todo


É impressionante. A mulher perdeu tudo, o glamour, a beleza, a fortuna gigantesca (sim, ela está ficando mais ‘pobre’) os fãs, até os filhos! Dá pra imaginar a vida de uma mãe sem os filhos?

E as pessoas reclamam da vida...é claro que cada um tem seus problemas, mas é uma regra geral: ninguém é satisfeito com o que tem, com o que ganha, com a própria aparência, com a vida que leva...e eu fico pensando se a gente reclama da vida porque ela é ruim ou se ela é ruim porque a gente reclama tanto! Ainda não cheguei a uma conclusão definitiva sobre isso, até porque eu mesma reclamo da vida quando ela me dá motivos ou só quando eu acho que ela me dá motivos. Mas enfim, comparando a minha vida com as de outras pessoas mundo afora, até que eu posso me gabar um pouco. Porque ainda tenho saúde mental...eu digo ‘ainda’ porque todos nós, seres humanos ricos ou pobres, famosos ou anônimos, bonitos ou feios, corremos o risco de ter um curto-circuito cerebral. A Britney é a prova viva disso e eu morro de pena dela, sério! Porque eu nunca consegui ler essas notícias e pensar que ela tinha escolhido isso. Eu sempre pensei: ‘Pô, coitada dessa mulher! Tinha tudo e tá desmoronando a passos largos”. Porque ela não pode querer uma vida dessa...não é possível, ela deve ter pirado mesmo.

Então, lendo e assistindo episódios cada vez mais dramáticos desse ‘freakshow hollywoodiano’, eu só consigo pensar que não tem jeito: nossos maiores inimigos somos nós mesmos. Nossos medos, fraquezas, tristezas podem se tornar armas mortais contra nós mesmos, se não forem convertidos em aprendizados. Por isso, cuidem da mente, façam o máximo que puderem para se tornarem pessoas sadias por dentro, de bem consigo e com os outros. Desejem o bem e façam o bem. Se isso é garantia de sanidade mental? Não. E tampouco vai evitar que tenha sempre alguém te desejando mal ou tentando arruinar a sua vida (acreditem, esse tipo de coisa pode vir de quem você menos espera e é decepcionante, mas a gente supera), só que pelo menos você vai ter um pouco mais de força pra ‘consertar’ a máquina se ela pifar um dia...

E boa sorte pra Britney! :P

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

As trilhas da minha vida...


Os últimos meses da minha vida não têm me dado espaço para criatividade, nem tampouco tempo para escrever sobre alguma coisa.

Mas hoje, mais com um desabafo, devo dizer que a música, mais uma vez, salvou minha vida, ou melhor, vem salvando. Ela continua exercendo aquela força inexplicável sobre mim, que me conforta, me transforma, que me faz pensar em dias melhores, me arranca sorrisos tímidos e me faz pensar. “Ufa! Então é isso!”

Desde menina, se eu tivesse algum problema (e olhe que eu achava que tinha problema naquela época), eu me agarrava a algum disco, a alguma música durante semanas e seguia em frente...sempre dava certo.

Então, aqui vai um conselho pra você que tá passando por qualquer barra: o segredo está no molho :) E vida sem música é como macarrão sem molho. Fica sem graça, sem gosto. Seja qual for a sua preferência, escute em alto e bom som, no mínimo três vezes por dia...chore quando sentir vontade ao som da sua trilha, dê gargalhadas ao lembrar de momentos incríveis que passou ao som daquela música...porque na verdade, a nossa vida se resume a uma trilha sonora bem piegas, cheia de clichês, com alegrias, tristezas, perdas e vitórias que pedem um belo fundo musical para acompanhá-la.

Afinal, você não vai querer olhar pra trás e perceber que sua vida foi um filme mudo, não é mesmo? :)

Ps: Eu poderia dizer pra vocês qual a trilha que vem me acompanhado nessa fase da minha vida, se não fosse causar polêmica...mas prometo que ainda vou fazer um post só sobre ela :) Adoro!

What the fuck are the Arctic Monkeys?


A pergunta desaforada (e novo título do EP) é da própria banda, que acha que o mundo está fazendo estardalhaço demais chamando o grupo de ‘salvadores do rock’. Se eles salvaram o rock ainda não sei, mas salvaram a minha noite, sem dúvida.A emoção de assistir o show do Roger Waters em março foi indescritível (um dia escrevo sobre isso aqui...), mas a energia do show do Arctic Monkeys é definitivamente inacreditável! Os caras tocam, mas tocam muito!!! Toda a vibração ‘cool’ do Tim Festival foi diretamente canalizada para o espetáculo que eles deram no palco. Um show curto, é verdade...com a usual formalidade britânica, o quarteto de Sheffield Alex Turner, Jamie Cook, Matt Helders e Nick O'Malley destruiu na tenda no Novo Rock Inglês. Destaques, muitos destaques para o vocal e guitarra de Alex (engraçadíssimo com sua blusa de botão por dentro da calça com cinto e sapato combinando) e pro batera, que manteve a energia contagiante do início ao fim. Fim mesmo, porque não teve nem um ‘bis’.

Ah sim! O mérito do público foi incontestável no quesito energia. A galera cantou todas as músicas junto com a banda, fez coreografia, acompanhou nas palmas, enfim, eles tomaram um ‘tapa com luva de pelica’, porque a famosa ‘frieza’ britânica foi retribuída com o famoso ‘calor brasileiro’. Duvido que eles não tenham gostado.

O grupo começou com “Sandtrap”, seguida por “This house is a circus” e “Brianstorm”. Só algumas músicas depois, Alex soltou um ‘oi’ pra galera que, claro, foi ao delírio, inclusive eu. “D is for dangerous”, “Fake tales of San Francisco”, “Dancing shoes” (um dos pontos altos da noite pra mim), “When the sun goes down”, “A certain romance”, canções que levaram a galera ao delírio, mas convenhamos, “I bet that you look good on the dance floor” é A música!! Enfim, os caras mandam bem, tocam muito, têm energia pra levar a galera ali, no cabresto, durante todo o show e são britânicos né... Pra mim eles são sim, a prova de que o mundo pode até não ser salvo, mas de vez em quando a gente passa a acreditar mais um pouco no rock. E só por isso, o mérito já é deles.

Andei lendo algumas críticas sobre o Festival (no Rio, a chuva atrapalhou e infelizmente não rolou a tenda Rock Brasil L queria muito ver a Vanguart. Em SP soube que a organização foi um desastre, as bandas atrasaram horas pra entrar no palco, enfim) e não vi nada a respeito de uma grata surpresa pra mim: Hot Chip, que abriu para o Arctic.

Já tinha ouvido falar que a tal banda tava arrebentando nas pistas do Reino Unido, mas não tinha escutado, portanto não sabia do que se tratava. Eles são uma espécie de Pet Shop Boys, misturado com Joy Division/New Order (que eu amo), só que mais moderninho. A definição é “dance-punk/electropop”. Taí..gostei...impossível ficar parado! São três sintetizadores no palco, em meio ao som de três guitarras e muita percussão. O resultado é um som dançante pra caramba, super divertido e lá no finzinho dá pra sentir um ranço dum ‘roquizinho pop’ bem legal. Eu lembro, eu lembro :P

Bom, esses foram os shows que eu assisti. ‘De resto’ rolou também Julliet and the Licks, que é mais performática do que qualquer outra coisa pelo que eu já vi e escutei. Mas tudo bem, ela é atriz, não é? Também rolou The Killers, que eu simplesmente não gosto e ponto. Ah! E Bjork...bom, eu não sei se teria paciência pra ver o show dela, mas quem assistiu afirmou que a islandesa esquisitésima que se veste de cisne e bota ovo e tudo mais, foi uma das grandes atrações do TIM. Vai saber...

Ano que vem a organização vai tentar trazer o Radiohead. Baseada nos dois discos que eu amo “OK Computer’ e ‘Ammesiac’, a banda é um dos meus sonhos de consumo. Agora, se for depender do Hail to the Thief, é preciso muita coragem pra encarar Thom Yorke. Mas eu topo. Ano que vem tamo lá de novo :P

Té mais...

ps: tem umas fotos legais pra postar, mas ainda me bato pra caramba por aqui...vou aprender melhor e posto depois :P

Sargento Pimenta


Acredito que seja quase um consenso essa coisa do Pepper ser o disco mais cultuado dos Beatles. Sem dúvida alguma, eles revolucionaram tudo, não só em termos de música, de arranjos (recomendo o livro ‘Summer of Love – Making of Sgt. Pepper, de George Martin, produtor dos Beatles com papel essencial, diga-se de passagem, no Pepper), mas de conceito mesmo. Segundo o próprio Paul, a idéia principal era fazer uma opera rock, começando com a apresentação da banda, Billy Shears até o final, onde a banda agradecia o público e ia embora. Mas depois da segunda faixa eles enjoaram e gravaram ‘normalmente’ as outras faixas. Mas mesmo assim, o resultado é aquela mistura de técnica, vozes, ritmos fascinante, que fazem qualquer mortal se apaixonar pelo disco. Imagine em 1967?? A galera deve ter pirado com aquela capa de Peter Blake, o primeiro encarte da história da música a ter as letras das canções, cheia de personalidades famosas e polêmicas...aquela seria a tal platéia do show da banda do Sargento Pimenta. Genial!

Tem um monte de curiosidade sobre o Pepper, quem quiser saber algumas, esse link é bem legal:
http://whiplash.net/materias/sgtpeppers/000741-beatles.html

Pois bem, mas o motivo desse post de hoje foi a ‘descoberta’ de um material fantástico que tá rolando na net. É um projeto chamado ‘Sargento Pimenta’, onde bandas independentes (e isso é o mais legal) fizeram covers das músicas do Sgt. Peppers. É realmente muito difícil eu gostar de algum cover de Beatles. Até hoje, só tinha simpatizado com alguns do filme I Am Sam (Uma Lição de Amor) e só. Mas a galera brazuca simplesmente ARRASOU! Ficou muito bom, os arranjos novos deram uma cara bem atual às músicas, todas ficaram muito modernas...algumas até demais. Vamos lá.

· Sgt.Pepper’s Lonely Hearts Club Band – Madame Mim

Ah, essa foi muita informação pra mim! :P O carro-chefe do disco não pode se transformar em outra coisa que não rock e aqui aconteceu justamente o inverso. Ela refez a música num estilo eletrônico, sei lá...dá pra dançar numa rave! Claro, os arranjos ficaram bem feitos, mas o som que rolou não é a minha, não gostei... acho que foi a única. E além do mais, rolou uma parada em espanhol no final. Achei bem tosco viu...preferi a versão do Hendrix :P

· With a Little Help From my Friends - Moptop

Eu costumo dizer que a versão do Joe Cocker é melhor do que a dos Beatles (quem nunca se emocionou vendo a abertura de Anos Incríveis??). Mas essa também ficou muito boa. Mérito para o vocal.

· Lucy in the Sky with Diamonds – Columbia

Gente, essa ficou incrível! Na introdução rola um diálogo do Julian com o John, acho que pra aliviar mais a tal história de que a música seria uma referência ao LSD, mas na verdade foi escrita a partir de um desenho feito pelo Julian da sua amiga do colégio, Lucy. E é muito fofo. A batida inicial faz você pensar que vai rolar um Footloose :P porque é bem anos 80. A voz da vocalista encaixou perfeitamente na proposta de deixar a música mais dançante, já que a original é lenta e os arranjos de guitarra deram uma batida legal, que dá vontade de dançar...desculpa, gostei mais dessa J

· Getting Better – Filhos da Judith

Adoro essa música. É uma mensagem escrachada de otimismo (vamo lá que o negócio ta melhorando e vai melhorar ainda mais...) e a versão é praticamente igual à original.

· Fixing a Hole – Apoena

Essa versão ficou muito legal, muito roquenrou, porque o piano da original foi substituído pela boa e velha guitarra! “And it really doesn’t matter if I’m wrong I’m right...”

Gente, esse cara é filho de Marcos Frota??

· She’s Leaving Home – Pipodélia

Acho essa música muito forte, cheia de sentimento. É a canção de despedida mais linda e sentida de todos os tempos, mas a banda tirou todos os arranjos de orquestra que Martin ralou pra colocar na original e substituiu por voz e violão, que na minha opinião, tiraram a grandeza da música. Tudo bem, ficou legal, mas She’s Leaving Home, só com o Paul no vocal – e Martin e sua super orquestra ao fundo :P

Os caras ainda tentaram incrementar no final com uns arranjos experimentais e tal, mas achei que a música ficou chata.

· Being For the Benefit of Mr. Kite – Leela

Essa música é encantadoramente difícil de ser tocada e cantada, mas a Leela se saiu muito bem. A versão ficou parecida com a original, mas o vocal feminino deu mais leveza à música, assim como os arranjos do teclado com a guitarra.

· Within you Without you – Prot(o)

Eu, particularmente me apaixonei de cara pela versão super moderna da Prot (o). Como o George sempre foi o meu Beatle favorito (sim, eu tenho um Beatle favorito, grande coisa...), eu me amarro na fase hindu dele, não só pela música que é bem legal, mas pelas mensagens que elas passam ("and to see you're really only very small, and life flows on within you and without you" é do caralho!) e essa sempre foi uma das minhas prediletas. E do George também. Ele sempre disse ter um carinho especial por ela, só que os caras colocaram guitarra e a música ficou perfeita. A bateria foi encaixada perfeitamente em cada trecho certo, na hora certa e no final, o solo de guitarra com a batera transformaram a música num rock muito do bom e nem assim, a magia do George se perdeu, a identidade da música continua lá. Fantástico!

· Good Morning, Good Morning – Lasciva Lula

O que me chamaram a atenção nessa versão foram a voz e o sotaque do vocalista, que ficaram super divertidos. Assim como a música.

· Sgt.Pepper’s Lonely Hearts Club Band (reprise) – Monotube

Ficou boa, gostei. A levada da bateria ‘tuntinstuntinstun’ ficou mais desacelerada do que a original e os arranjos de guitarra no final ficaram muito bons. Os backings também deram uma graça especial à música.

· A Day in the Life – Reverse

PQP! Essa foi, sem dúvida, a melhor de todas. Pra fechar com chave de ouro mesmo. A música foi totalmente reinventada, ficou super atual e ‘se tocasse nas rádios, faria sucesso’ :P Claro que o fato da música por si só já ser uma obra de arte ajuda. Só a título de curiosidade, o John a compôs depois de ler o Daily News! O cara acordou, leu o jornal e pensou ‘ops, isso dá música’ e escreveu a porra! Ah, gênio FDP! Ah sim, depois o Paul foi lá e ofereceu um versinho que ele tinha feito...’Woke up, got out of bed...” e o encaixe, como sempre, perfeito!

Eu não consegui baixar Lovely Rita e When I’m Sixty Four, que são duas que eu adoro L Se alguém conseguir, me manda.

Bom, mas o mais legal dessas versões é que elas foram feitas por gente da música brasileira. E quem me conhece sabe que eu tenho minhas ressalvas em relação ao rock brasileiro. Mas essa galera underground mandou muito bem, aliás, como sempre, e deu orgulho de ver que eles ‘souberam tirar de cada música o que ela tinha de melhor. Mas a impressão que ficou é que o cd foi feito por um monte de fãs de Beatles, gente que entende, que tem sensibilidade pra entender a história de cada música e acho que a diferença tá aí’. Opinião de quem escutou e gostou. Que é a minha também J

Quem curte Beatles, o link ta aí, dá pra baixar todas elas e acreditem, vale a pena!

http://sargentopimenta2007.blogspot.com/

Valeu galera, até a próxima....

Como tudo começou...

Bom, resisti, resisti, mas não consegui e me rendi aos “encantos” da era digital, onde você pode contar a sua vida inteira num blog desses e escancarar o seu melhor e o seu pior também, pra quem quiser ler :)

Como uma boa adepta ao ‘diário de papel’, a idéia de escrever em blog sempre me pareceu um pouco exposta demais. Mas depois acabei me convencendo de que posso usar isso aqui só pra escrever bobagem...colocar opiniões sobre temas mais ‘amenos’ e por aí vai. Então criei meu primeiro blog! O tema escolhido não poderia ser outro que não música, a minha grande paixão. Pra quem não sabe, vou explicar essa minha relação de amor e ódio com a música! Amor sim, porque hoje eu posso me ‘gabar’ de ter um gosto musical relativamente bom (claro que tudo está nos ouvidos de quem escuta), mas o ódio também, afinal, não dá pra escutar “só as cachorras..uh uh uh” e achar que é normal uma coisa dessa! E só para constar: sim, sim, no auge da minha adolescência (num tempo não muito longínquo, diga-se de passagem :P) já dancei muito pagode no Iate ao som de É o Tchan! e já fui pra muito show de Forró Mastruz com Leite...tão rindo de quê? O forró exalta a nossa cultura nordestina, ora!

Bom, mas vamos lá. Quando eu tinha uns 15 anos mais ou menos, descobri lá no fundo do armário de meu pai, um CD abandonado, que eu nunca tinha escutado, coisa difícil de acontecer, já que meu pai também é viciado em música. Então, coloquei no som pra ouvir do que se tratava. Era uma coletânea dos Beatles, o Past Masters Vol. 1 (e olhe que o 2 é bem melhor!). Eu simplesmente não acreditava no que tava ouvindo! Aquilo sim, era música! Era A música! E eu pirei! Como uma boa sargitariana, impulsiva e passional, mergulhei de cabeça naquilo ali e a partir daquele dia, os caras viraram a minha vida! Eu dormia pensando em Beatles, acordava pensando neles, escutava o dia inteiro, comia ouvindo, dormia ouvindo, andava de carro ouvindo...enfim, não demorou muito pra eu virar uma beatlemaníaca, e acreditem, já são mais de dez anos nessa onda...não passa não! É viciante!


Lá em casa todo mundo sempre gostou muito de música. Meu avô é daqueles que escuta o som no volume máximo e ‘ai’ de quem reclamar. Pra ele, música só serve pra se ouvir assim. Meu pai também tem um ótimo gosto musical e dele, herdei algumas boas referências. Eric Clapton e Bob Dylan estão na minha lista de ‘salvadores do mundo’ logo de cara...a história com o Dylan é engraçada...você ouve a primeira vez e quer se matar de tão ruim que é a voz do cara! Mas aí você ouve Blowin’ in the wind e se apaixona de vez! Não precisa nem passar do ‘How many times must a man walk down...’ No alvo!

Minha paixão sempre foi o rock, não tem jeito. Eu até curto outras coisas. Mas eu amo mesmo é o som da guitarra, do baixo e da bateria. Só isso já dá pra fazer roquenrou de altíssima qualidade. E é assim que eu gosto, quando mais simples, curto e gritado, melhor. Com meu irmão, ‘aprendi’ a escutar muito metal, hard core...e dele, roubei o gosto por Black Sabbath. Não tem jeito, Ozzy e seus morcegos ensanguentados são o melhor golpe de marketing da história do rock, aliado, claro, à boa música. Não tem como não sentir um frio na espinha ao ouvir os primeiros acordes de ”Oh, Mr. Crowley, what went on in your head?” Bom demais!

Na verdade, o que escuto mesmo hoje em dia, originou bastante da cultura dos anos 60 e 70, que infelizmente eu não vivenciei, mas pela qual me apaixonei mesmo assim. Então ouço muito Stones, Led Zeppelin, Doors, Hendrix, Pink Floyd...adoro um punk bem tocado (ou seria mal-tocado? :P). Sex Pistols, Clash, Ramones...ah, os Ramones!! Aquele visual tosco me encantou no ato!

Atualmente também escuto muito Strokes, Franz Ferdinand, Libertines (infelizmente, falecida depois da saída de Doherty) e Arctic Monkeys, que pra mim é a banda da vez. Aos poucos vou falando aqui mais um pouco de algumas coisas que eu curto e de que não curto também. De qualquer forma, são só opiniões de quem ama música. Não sou crítica musical, nem tampouco especialista no assunto. Então, perdoem qualquer “ignorância” da minha parte. No mais, have fun :P