terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

What the fuck are the Arctic Monkeys?


A pergunta desaforada (e novo título do EP) é da própria banda, que acha que o mundo está fazendo estardalhaço demais chamando o grupo de ‘salvadores do rock’. Se eles salvaram o rock ainda não sei, mas salvaram a minha noite, sem dúvida.A emoção de assistir o show do Roger Waters em março foi indescritível (um dia escrevo sobre isso aqui...), mas a energia do show do Arctic Monkeys é definitivamente inacreditável! Os caras tocam, mas tocam muito!!! Toda a vibração ‘cool’ do Tim Festival foi diretamente canalizada para o espetáculo que eles deram no palco. Um show curto, é verdade...com a usual formalidade britânica, o quarteto de Sheffield Alex Turner, Jamie Cook, Matt Helders e Nick O'Malley destruiu na tenda no Novo Rock Inglês. Destaques, muitos destaques para o vocal e guitarra de Alex (engraçadíssimo com sua blusa de botão por dentro da calça com cinto e sapato combinando) e pro batera, que manteve a energia contagiante do início ao fim. Fim mesmo, porque não teve nem um ‘bis’.

Ah sim! O mérito do público foi incontestável no quesito energia. A galera cantou todas as músicas junto com a banda, fez coreografia, acompanhou nas palmas, enfim, eles tomaram um ‘tapa com luva de pelica’, porque a famosa ‘frieza’ britânica foi retribuída com o famoso ‘calor brasileiro’. Duvido que eles não tenham gostado.

O grupo começou com “Sandtrap”, seguida por “This house is a circus” e “Brianstorm”. Só algumas músicas depois, Alex soltou um ‘oi’ pra galera que, claro, foi ao delírio, inclusive eu. “D is for dangerous”, “Fake tales of San Francisco”, “Dancing shoes” (um dos pontos altos da noite pra mim), “When the sun goes down”, “A certain romance”, canções que levaram a galera ao delírio, mas convenhamos, “I bet that you look good on the dance floor” é A música!! Enfim, os caras mandam bem, tocam muito, têm energia pra levar a galera ali, no cabresto, durante todo o show e são britânicos né... Pra mim eles são sim, a prova de que o mundo pode até não ser salvo, mas de vez em quando a gente passa a acreditar mais um pouco no rock. E só por isso, o mérito já é deles.

Andei lendo algumas críticas sobre o Festival (no Rio, a chuva atrapalhou e infelizmente não rolou a tenda Rock Brasil L queria muito ver a Vanguart. Em SP soube que a organização foi um desastre, as bandas atrasaram horas pra entrar no palco, enfim) e não vi nada a respeito de uma grata surpresa pra mim: Hot Chip, que abriu para o Arctic.

Já tinha ouvido falar que a tal banda tava arrebentando nas pistas do Reino Unido, mas não tinha escutado, portanto não sabia do que se tratava. Eles são uma espécie de Pet Shop Boys, misturado com Joy Division/New Order (que eu amo), só que mais moderninho. A definição é “dance-punk/electropop”. Taí..gostei...impossível ficar parado! São três sintetizadores no palco, em meio ao som de três guitarras e muita percussão. O resultado é um som dançante pra caramba, super divertido e lá no finzinho dá pra sentir um ranço dum ‘roquizinho pop’ bem legal. Eu lembro, eu lembro :P

Bom, esses foram os shows que eu assisti. ‘De resto’ rolou também Julliet and the Licks, que é mais performática do que qualquer outra coisa pelo que eu já vi e escutei. Mas tudo bem, ela é atriz, não é? Também rolou The Killers, que eu simplesmente não gosto e ponto. Ah! E Bjork...bom, eu não sei se teria paciência pra ver o show dela, mas quem assistiu afirmou que a islandesa esquisitésima que se veste de cisne e bota ovo e tudo mais, foi uma das grandes atrações do TIM. Vai saber...

Ano que vem a organização vai tentar trazer o Radiohead. Baseada nos dois discos que eu amo “OK Computer’ e ‘Ammesiac’, a banda é um dos meus sonhos de consumo. Agora, se for depender do Hail to the Thief, é preciso muita coragem pra encarar Thom Yorke. Mas eu topo. Ano que vem tamo lá de novo :P

Té mais...

ps: tem umas fotos legais pra postar, mas ainda me bato pra caramba por aqui...vou aprender melhor e posto depois :P

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